AS PALAVRAS COLABORAM COM A VELA DA PAZ - 2013

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TRAZIDA DA ILHA DA SEREIA - LINDALVA

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CECILIA MEIRELES - 1901 - 1964

*BREVE INTRODUÇÃO*

Comemora-se nesta data (7/11/2011) a passagem dos 110 Anos do nascimento da magnífica poeta CECILIA MEIRELES, uma das vozes mais IMPORTANTES DA POESIA MODERNISTA e que tantos prêmios ganhou, nos deixando um legado extraordinário - a sua multifacetada OBRA.

Cecília partiu cedo demais, pois muito ainda teria para mostrar com a sua fértil inspiração dedicada a todas as idades.

***

PEQUENA BIOGRAFIA

Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu no Rio de Janeiro em 7 de Novembro de 1901.

Filha de portugueses oriundos duma pequena aldeia de Ponta Delgada nos Açores, ficou órfã de pai e mãe muito cedo, tendo Cecília sido criada por sua avó portuguesa D. Jacinta Garcia Benevides.

A sua infinita sensibilidade e lirismo estavam no sangue e aos nove anos, começou a escrever poesia.

Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 a 1916, tendo concluido, nesse ano o seu Curso Normal, começando a trabalhar em 1917, como professora primária.

Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

Além de professora-educadora e poeta de grande mérito, foi também pintora e jornalista de gabarito.

Dois anos depois de começar a dar aulas, em 1919, com 18 anos, publicou Espectros, seu primeiro livro de poesia, de tendência parnasiana.

Seguiram-se Nunca Mais... e Poema dos Poemas (1923) e Baladas para El-Rei (1925), nos quais já aparecem vários elementos simbolistas.

A partir de 1922 aproximou-se das vanguardas modernistas, principalmente dos poetas católicos.

Teve ainda importante atuação como jornalista com publicações diárias sobre problemas na Educação, área à qual se manteve sempre ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira Biblioteca infantil do Brasil.

Em 1938 ganhou o Prêmio de Poesia, concedido pela ABL - Academia Brasileira de Letras, pelo livro Viagem.

Nos anos seguintes, conciliou à produção poética os trabalhos de professora universitária, tradutora, conferencista, colaboradora em periódicos, pesquisadora do folclore brasileiro.

Publicou também poesia infantil.

A ABL - Academia Brasileira de Letras concedeu a Cecília, postumamente, o "Prêmio Machado de Assis" pelo conjunto da OBRA, em 1965 - no ano seguinte ao seu falecimento.

Destacam-se em sua obra os livros Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Doze Noturnos da Holanda & O Aeronauta (1952), Romanceiro da Inconfidência (1953), Canções (1956), Poemas Escritos na Índia (1961), Metal Rosicler (1960) e Solombra (1963).

Cecília Meireles é considerada pela crítica, como uma poeta pertencente à segunda geração do Modernismo. No entanto, Manuel Bandeira afirmou que há em sua obra “as claridades clássicas, as melhores sutilezas do gongorismo, a nitidez dos metros e dos consonantes parnasianos, os esfumados de sintaxe e as toantes dos simbolistas, as aproximações inesperadas dos super-realistas. Tudo bem assimilado e fundido numa técnica pessoal, segura de si e do que quer dizer."

(Rio de Janeiro RJ - 07/11/ 1901- 09/11/1964)

O Poema que se segue é inspirado no desenho de Cecília do seu Auto-Retrato

Auto Retrato de Cecília

RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

By@
Cecília Meireles

Publicado em 9/11/2011 por
Anna D'Castro

Um comentário:

Sandra Veneziani disse...

Boa noite! vim, te oferecer o selo destaque do Toque
Fique bem, fique na paz-san

José Saramago - O Nóbel da Literatura Portuguesa

"PALAVRAS PEQUENAS... PALAVRAS APENAS..."

Ando por aí querendo te encontrar... Em cada esquina paro em cada olhar... Deixo a tristeza... Trago a esperança em seu lugar... Que o nosso amor para sempre VIVA... Minha dádiva quero poder jurar... Que essa paixão jamais será... Palavras Apenas... Palavras Pequenas... Palavras de Momento... Palavras ao Vento!... "Cassia Eller"

AGRADEÇO A SUA VISITA À *SEMENTEIRA DE PALAVRAS*...


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...VOLTE SEMPRE... DE CORAÇÃO!