AS PALAVRAS COLABORAM COM A VELA DA PAZ - 2013

AS PALAVRAS COLABORAM COM A VELA DA PAZ - 2013
TRAZIDA DA ILHA DA SEREIA - LINDALVA

sábado, 17 de dezembro de 2011

CESÁRIA ÉVORA - "La diva aux pied nus" (a diva dos pés descalços)


CESÁRIA ÉVORA - que foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular cabo-verdiana.
Apesar de ser bem sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna, por isso também foi apelidada de "Rainha da Morna"!

Morreu hoje, 17 de Dezembro de 2011 aos 70 anos de idade, na cidade de Mindelo - Cabo Verde.

*BIOGRAFIA DE CESÉRIA ÉVORA*

Cesária Évora (27/ago/1941 a 17/dec/2011) na cidade de Mindelo, capital de Cabo Verde. Tinha mais quatro irmãos.
O seu pai, Justino da Cruz, tocava cavaquinho, violão e violino.
Quando jovem, Cesária, foi viver com sua avó, que havia sido educada por freiras e assim, acabou passando por uma experiência que a ensinou a desprezar a moralidade excessivamente severa.

Entre os seus amigos estava B.Leza, o compositor favorito dos cabo-verdianos, que faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Desde cedo, Cise, como era conhecida pelos amigos, começou a cantar e a fazer atuações aos domingos na praça principal da sua cidade, acompanhada pelo seu irmão Lela, no saxofone.
Mas a sua vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves.
Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a "Rainha da Morna" pelos seus fãs.

Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo - companhia de pesca criada pelo capital local e pelo português - recebendo conforme as atuações que fazia.

Em 1975, ano em que Cabo Verde adquiriu a independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliados à dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar a sua família. Durante este período, que se prolongou por dez anos, Cesária teve de lutar contra o alcoolismo.

Igualmente, Cesária chamou a esse período de tempo, os seus Dark Years.

Encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal), Cesária Évora voltou a cantar, atuando em Portugal.

Em Cabo Verde um naturalizado francês, chamado José da Silva persuadiu-a a ir para Paris e lá acabou por gravar um novo álbum em 1988 "La diva aux pied nus" (a diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos.
Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum "Miss Perfumado" em 1992. Desde então fixou residência na capital francesa.

Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.

Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.

Em Setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a sua editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um ponto final na sua longa carreira.

Veio a falecer no dia 17 de Dezembro de 2011, na cidade do Mindelo, com 70 anos, por "insuficiência cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada".

***

Fonte desta Biografia de Cesária Évora - WIKIPÉDIA
Anna


A minha singela homenagem a CESÁRIA ÉVORA, que foi a mais importante cantante de 'MORNAS E COLADERAS' a música de raíz Caboverdiana, do século XX, estendendo a sua performance até à primeira década do séc. XXI.

Partiu para a sua viagem eterna, hoje, dia 17 de Dezembro de 2011.

Depois dum inicio de vida artística muito difícil. Muito lutou e conseguiu se afirmar com a ajuda de alguns amigos já radicados no meio artístico, com o reconhecimento do público, mas com pouca divulgação e pouco reconhecimento do país que tinha a obrigação de a adular e prestigiar - Portugal!

A França e os franceses a elegeram a 'Rainha descalça da voz rouca'... e a prestigiaram até ao último momento, prestando inúmeras homenagens e a abençoando com prêmios de destaques, muito merecidos.

Vai em paz 'Musa Negra de voz rouca e sensual'!

Anna D'Castro

sábado, 10 de dezembro de 2011

BIOGRAFIA DE CLARICE LISPECTOR


Clarice Lispector, de seu nome de nascimento Haia Pinkhasovna Lispector - Nasceu na cidade de Tchetchelnik - Ucrânia, a 10 de dezembro de 1920 — Faleceu no Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977, aos 57anos menos 1 dia.
Foi uma extraordinária escritora e jornalista, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira.

Se comemora hoje 10/12/2011 - 91 anos da data do seu nascimento
passou ontem:dia 09/12/2011 - 34 anos do aniversário da sua morte

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De origem judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector.

Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia por conta da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921.
Chegou ao Brasil quando tinha dois meses de idade e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia:
- "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que a sua verdadeira pátria era o Brasil.

A família chegou a Maceió - Alagoas, em março de 1922, sendo recebida por seus tios maternos: Zaina, irmã de Mania e seu marido e primo José Rabin.

Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã.
O pai Pinkouss, passou a se chamar Pedro;
a mãe Mania - Marieta;
sua irmã Leia - Elisa;
e por fim, ela Haia - Clarice.

Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.
Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua família, Pedro decide mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste.

Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista.
Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.

Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930 (Clarice tinha 9 anos e meio), após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia.
Clarice sofreu muito com a morte da mãe e muitos dos seus textos refletem a culpa que a autora sentia e nas figuras de milagres que salvariam sua mãe.

Quando tinha 15 anos o pai decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro.
A irmã Elisa conseguiu um emprego no ministério, por intervenção do então ministro Agamemnon Magalhães, enquanto seu pai teve dificuldades em achar uma oportunidade na capital.
Clarice estudou em uma escola primária na Tijuca, até ir para o curso preparatório e para a Faculdade de Direito.
Foi aceite para a Escola de Direito na então Universidade do Brasil em 1939. Viu-se frustrada com muitas das teorias ensinadas no curso e descobriu um escape: - a literatura.
Em 25 de maio de 1940, com apenas 19 anos, publicou seu primeiro conto "Triunfo"na Revista Pan.
Três depois desta publicação e após uma cirurgia simples, para a retirada da vesícula biliar, seu pai Pedro, morre de complicações do procedimento.
As filhas ficam arrasadas com as circunstâncias da morte tão inesperada e como consequência, Clarice se afasta da religião judaica.

No mesmo ano, Clarice chama a atenção (provavelmente com o conto "Eu e Jimmy") de Lourival Fontes, então chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda (órgão responsável pela censura no Estado Novo de Getúlio Vargas)e é alocada para trabalhar na Agência Nacional, responsável por distribuir notícias aos jornais e emissoras de rádio da época. Lá conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou (não correspondido, já que Lúcio era homossexual) e de quem se tornou amiga íntima.

Em 1943, no mesmo ano de sua formatura, casou-se com o colega de turma Maury Gurgel Valente futuro pai de seus dois filhos.
Maury foi aprovado no concurso de admissão na carreira diplomática e passou a fazer parte do quadro do Ministério das Relações Exteriores.

Na sua primeira viagem como esposa de diplomata, Clarice morou na Itália onde serviu durante a Segunda Guerra Mundial, como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira.
Também morou em países como Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, países para onde Maury foi escalado. Apesar disso, sempre falou em suas cartas a amigos e irmãs como sentia falta do Brasil.

Em 10 de agosto de 1948, nasce o primeiro filho - Pedro - em Berna na Suiça.

Quando criança Pedro se destacava por sua facilidade de aprendizado, porém na adolescência sua falta de atenção e agitação foram diagnosticados como esquizofrenia. Clarice se sentia de certa forma culpada pela doença do filho, e teve dificuldades para lidar com a situação.

Em 10 de fevereiro de 1953, nasce Paulo, o segundo filho de Clarice e Maury, em Washington D.C., nos Estados Unidos.

Em 1959 Clarice, se separou do marido, que ficou na Europa e voltou permanentemente ao Rio de Janeiro com os dois filhos, morando no Leme.

No mesmo ano assina a coluna "Correio feminino - Feira de Utilidades", no jornal carioca Correio da Manhã, sob o pseudônimo de Helen Palmer.
No ano seguinte, assume a coluna "Só para mulheres", do Diário da Noite, como ghost-writer da atriz Ilka Soares.

Provoca um incêndio ao dormir com um cigarro acesso em 14 de setembro de 1966, seu quarto fica destruído e a escritora é hospitalizada entre a vida e a morte por três dias. Sua mão direita é quase amputada devido aos ferimentos, e depois de passado o risco de morte, ainda fica hospitalizada por dois meses.

Em 1975 foi convidada a participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, em Cali na Colômbia. Fez uma pequena apresentação na conferência e falou do seu conto "O ovo e a Galinha", que depois de traduzido para o espanhol fez sucesso entre os participantes.
Ao voltar ao Brasil, a viagem de Clarice ganhou ares mitológicos, com jornalistas descrevendo (falsas) aparições da autora vestida de preto e coberta de amuletos. Porém, a imagem se formou, dando a Clarice o título de "a grande bruxa da literatura brasileira".
Seu próprio amigo Otto Lara Resende disse sobre a obra de Lispector: "não se trata de literatura, mas de bruxaria."

Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação de um dos seus mais famosos romances: "A Hora da Estrela", com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela.

CLARICE LISPECTOR faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário.
Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro. Até a manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice ainda ditava frases para a amiga Olga Borelli.

Durante toda sua vida Clarice teve diversos amigos de destaque como Fernando Sabino, Lúcio Cardoso, Rubem Braga, San Tiago Dantas e Samuel Wainer, entre diversos outros literários e personalidades.


*CLARICE LISPECTOR escreveu:

ROMANCES:

- Perto do Coração Selvagem (1944)
- O Lustre (1946)
- A Cidade Sitiada (1949)
- A Maçã no Escuro (1961)
- A Paixão segundo G.H. (1964)
- Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969)
- Água Viva (1973)
- A Hora da Estrela (1977)
- Um Sopro de Vida (pulsações) (1978)


CONTOS:

- Alguns Contos (1952)
- Laços de Família (1960)
- A Legião Estrangeira (1964)
- Felicidade Clandestina (1971)
- A Imitação da Rosa (1973)
- A Via Crucis do Corpo (1974)
- Onde Estivestes de Noite (1974)


CRÔNICAS:

- Visão do Esplendor (1975)
- Para não Esquecer (1978)


ENTREVISTAS:

- De Corpo Inteiro (1975)


LITERATURA INFANTIL:

- O Mistério do Coelho Pensante (1967)
- A Mulher que Matou os Peixes (1968)
- A Vida Íntima de Laura (1974)
- Quase de Verdade (1978)



Várias Frases, POEMAS e Pensamentos de CLARICE LISPECTOR

OBRAS PÓSTUMAS:

Coletâneas de contos, crônicas ou entrevistas organizadas e publicadas postumamente:

A Bela e a Fera (1979) – reunião de contos inéditos escritos em épocas diferentes
A Descoberta do Mundo (1984) – seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973
Como Nasceram as Estrelas (1987) – contos infantis
Cartas Perto do Coração (2001) – cartas trocadas com Fernando Sabino
Correspondências (2002)
Aprendendo a Viver (2004) – seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973
Outros Escritos (2005) – reunião de textos de natureza diversa
Correio Feminino (2006) – reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960
Entrevistas (2007) – seleção de entrevistas realizadas nas décadas de 1960 e 1970
Minhas Queridas (2007) – correspondências
Só para Mulheres (2008) – reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960

******

Nota: Dados Biográficos retirados da Wikipédia

...

Um trecho de "ÁGUA VIVA"

Que música belíssima ouço no profundo de mim. É feita de traços geométricos se entrecruzando no ar. É música de câmara. Música de câmara é sem melodia. É modo de expressar o silêncio.

...

POEMA "O SONHO"

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

Clarice Lispector


*Deixo aqui a minha admiração por tão espetacular escritora, que viveu e morreu em função da literatura, fazendo bem qualquer modalidade que se encarregava de escrever*

By@
Anna D'Castro

CÁSSIA ELLER - 49º. ANIVERSÁRIO - UMA VIDA QUE NOS FOI ROUBADA!


Pergunta: - Você diz que sempre foi muito gostoso cantar. Qual é o barato, o que te move?

C.E. - 'Não sei, não penso muito no ato de cantar. Imagino sempre a música no todo, como uma energia, quando estou tocando ou cantando ou ouvindo.
Uma coisa que acho muito legal é saber ouvir – gosto muito de ouvir música, acima de tudo, de qualquer coisa.
Vou dormir e fico pensando em música, sonho com música, sabe?
A música surge pronta, com arranjo e tudo, uma música que eu nunca ouvi, eu sonho com isso. Aí acordo e tento reproduzir, mas não consigo, lógico.
Só penso nisso o tempo inteiro. O tempo de fazer as coisas, os cálculos que faço, tudo acontece em tempo de compasso musical.
O tempo que se tem para atravessar a rua, até aquele carro chegar aqui, fico pensando em música. Não é trilha, são cálculos matemáticos, mas completamente ritmicos.'


Depois de dizer isso, Cássia Eller morreu de rir. Este trecho foi tirado do livro Vozes do Brasil (2002, ed. DBA).
***

"Não poderia ser em outra data para a querida Cássia Eller ter nascido: '10/12' que também é o dia do Palhaço.
Por essa razão se explica todo o seu lado tão moleca.
Em dezembro de 2011 também lamentamos sua partida tão repentina."

'Wecsley Cunha - CANINGA'

***
Se estivesse viva, a cantora Cássia Eller completaria hoje, 10/12/2011, sábado, 49 anos.
Cássia fez a trajetória dos gênios: intensa e curta, marcando seu nome no panteão da MPB.



Deixamos um vídeo de um dos 'covers' que ela fazia, Smells like teen spirits, do Nirvana em sua única apresentação no terceiro Rock´n Rio em 2001, pouco tempo depois ela dava adeus.

'Papo Cult, o blog da Joanice Sampaio'
"Joanice Sampaio"
'Fortaleza, Ceará, Brazil'
***

Alguns trechos de homenagens de blogueiros e amigos de Cássia Eller por altura do seu último aniversário em 10/12/2011.
Cássia teria completado a bela idade de 49 anos, se 'indevidamente' não tivesse partido há 10 anos (29/12/2001), com apenas 39 anos... tanto teria para nos mostrar e tantos sucessos e homenagens para usufruir e para nos presentear...

CÁSSIA ELLER, teve a curta carreira dos 'génios' que efemeramente passam por este mundo dos Homens, com as bençãos e os desígnios de Deus!


"AS ROSAS NÃO FALAM, MAS AS MARGARIDAS,SIM!"

Saravá CÁSSIA! Minha singela e humilde homenagem a você, uma das minhas 'musas musicais'! Ela era 'Apenas - Só Uma Garotinha'...


By@
Anna D'Castro

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

89.º Aniversário de José Saramago


"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.

JOSÉ SARAMAGO"



“Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores.(…) Basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias(…)”

— Saramago, A Jangada de Pedra, 1986

*****

CONVITE PARA A CELEBRAÇÃO DO 89º ANIVERSÁRIO DE SARAMAGO E LANÇAMENTO DO LIVRO "CLARABÓIA"
Obra póstuma de J.Saramago


A Editorial Caminho, as Produções Fictícias, o São Luiz Teatro Municipal e a Fundação José Saramago convidam-na(o) para a
Celebração do Aniversário de José Saramago
e o lançamento de Claraboia
no dia 16 de Novembro de 2011, pelas 18 Horas,

no Jardim de Inverno do São Luiz com a participação

de Baptista-Bastos, Lídia Jorge, José Carlos Vasconcelos, Inês Pedrosa, João Tordo, Gonçalo M. Tavares, José Luís Peixoto,

Valter Hugo Mãe, Pilar del Rio, Miguel Gonçalves Mendes e Zeferino Coelho

e as actuações de Pedro Gonçalves, Noiserv, Camané e Filipe Raposo

numa sessão conduzida por Nuno Artur Silva e Anabela Mota Ribeiro
*****
"José e Pilar. Conversas inéditas" chega hoje às livrarias


José e Pilar. Conversas inéditas (edição Quetzal) traz-nos um conjunto de entrevistas a José Saramago e Pilar del Río, conduzidas pelo realizador Miguel Gonçalves Mendes ao longo dos quatro anos de rodagem do documentário com o mesmo nome.

O prefácio é de Valter Hugo Mãe.
publicado por Fundação Saramago


16 de Novembro: Entrega da chave da Casa dos Bicos, à Presidente da Fundação 'José Saramago' - Pilar Del Rio, viúva do escritor
Celebração do Aniversário de José Saramago e lançamento de "Claraboia"


'Assim foi o dia 16 de Novembro,
com amigos celebrando José Saramago.
A Fundação José Saramago agradece a todos os que colaboraram
e a todos os que estiveram presentes.'

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Um resumo do que foi mais um aniversário de Saramago, (89º.) sem a sua presença 'física', mas com toda a sua presença marcante, manifestada pelos amigos e por Pilar Del Rio que viverá perpetuando a 'Vida e Obra' de José Saramago.

As minhas singelas homenagens a um grande escritor, que deixou a marca forte da sua personalidade honrando com o Prêmio Nobel e toda a sua Obra, a língua portuguesa e o nome do seu País - Portugal - que nem sempre lhe deu o valor merecido.

By@
Anna D'Castro

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CECILIA MEIRELES - 1901 - 1964

*BREVE INTRODUÇÃO*

Comemora-se nesta data (7/11/2011) a passagem dos 110 Anos do nascimento da magnífica poeta CECILIA MEIRELES, uma das vozes mais IMPORTANTES DA POESIA MODERNISTA e que tantos prêmios ganhou, nos deixando um legado extraordinário - a sua multifacetada OBRA.

Cecília partiu cedo demais, pois muito ainda teria para mostrar com a sua fértil inspiração dedicada a todas as idades.

***

PEQUENA BIOGRAFIA

Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu no Rio de Janeiro em 7 de Novembro de 1901.

Filha de portugueses oriundos duma pequena aldeia de Ponta Delgada nos Açores, ficou órfã de pai e mãe muito cedo, tendo Cecília sido criada por sua avó portuguesa D. Jacinta Garcia Benevides.

A sua infinita sensibilidade e lirismo estavam no sangue e aos nove anos, começou a escrever poesia.

Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 a 1916, tendo concluido, nesse ano o seu Curso Normal, começando a trabalhar em 1917, como professora primária.

Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

Além de professora-educadora e poeta de grande mérito, foi também pintora e jornalista de gabarito.

Dois anos depois de começar a dar aulas, em 1919, com 18 anos, publicou Espectros, seu primeiro livro de poesia, de tendência parnasiana.

Seguiram-se Nunca Mais... e Poema dos Poemas (1923) e Baladas para El-Rei (1925), nos quais já aparecem vários elementos simbolistas.

A partir de 1922 aproximou-se das vanguardas modernistas, principalmente dos poetas católicos.

Teve ainda importante atuação como jornalista com publicações diárias sobre problemas na Educação, área à qual se manteve sempre ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira Biblioteca infantil do Brasil.

Em 1938 ganhou o Prêmio de Poesia, concedido pela ABL - Academia Brasileira de Letras, pelo livro Viagem.

Nos anos seguintes, conciliou à produção poética os trabalhos de professora universitária, tradutora, conferencista, colaboradora em periódicos, pesquisadora do folclore brasileiro.

Publicou também poesia infantil.

A ABL - Academia Brasileira de Letras concedeu a Cecília, postumamente, o "Prêmio Machado de Assis" pelo conjunto da OBRA, em 1965 - no ano seguinte ao seu falecimento.

Destacam-se em sua obra os livros Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Doze Noturnos da Holanda & O Aeronauta (1952), Romanceiro da Inconfidência (1953), Canções (1956), Poemas Escritos na Índia (1961), Metal Rosicler (1960) e Solombra (1963).

Cecília Meireles é considerada pela crítica, como uma poeta pertencente à segunda geração do Modernismo. No entanto, Manuel Bandeira afirmou que há em sua obra “as claridades clássicas, as melhores sutilezas do gongorismo, a nitidez dos metros e dos consonantes parnasianos, os esfumados de sintaxe e as toantes dos simbolistas, as aproximações inesperadas dos super-realistas. Tudo bem assimilado e fundido numa técnica pessoal, segura de si e do que quer dizer."

(Rio de Janeiro RJ - 07/11/ 1901- 09/11/1964)

O Poema que se segue é inspirado no desenho de Cecília do seu Auto-Retrato

Auto Retrato de Cecília

RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

By@
Cecília Meireles

Publicado em 9/11/2011 por
Anna D'Castro

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - 31/10 É O DIA "D" de 'Drumond'


PEQUENA BIOGRAFIA DE DRUMMOND E ALGUMA PROSA

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

"Nasceu em ltabira (MG) em 1902. Fez os estudos secundários em Belo Horizonte, num colégio interno, onde permaneceu até que um período de doença levou-o de novo para ltabira. Voltou para outro internato, desta vez em Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro. Pouco ficaria nessa escola: acusado de "insubordinação mental" - sabe-se lá o que poderia ser isso! -, foi expulso do colégio. Em 1921 começou a colaborar com o Diário de Minas. Em 1925, diplomou-se em farmácia, profissão pela qual demonstrou pouco interesse. Nessa época, já redator do Diário de Minas, tinha contato com os modernistas de São Paulo. Na Revista de Antropofagia publicou, em 1928, o poema "No meio do caminho", que provocaria muito comentário.
***
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.


Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

***
Ingressou no funcionalismo público e em 1934 mudou-se para o Rio de Janeiro.
Em agosto de 1987 morreu-lhe a única filha, Julieta.
Doze dias depois, o poeta faleceu.
Tinha publicado vários livros de poesia e obras em prosa - principalmente crônica.
Em vida, já era consagrado como o maior poeta brasileiro de todos os tempos.

O nome de Drummond está associado ao que se fez de melhor na poesia brasileira. Pela grandiosidade e pela qualidade, sua obra não permite qualquer tipo de análise esquemática. Para compreender e, sobretudo, sentir a obra desse escritor, o melhor caminho é ler o maior número possível de seus poemas.

De acontecimentos banais, corriqueiros, gestos ou paisagens simples, o eu-lírico extrai poesia. Nesse caso enquadram-se poemas longos, como "O caso do vestido" e "O desaparecimento de Luísa Porto ", e poemas curtos, como "Construção".

O primeiro poema de Alguma poesia é o conhecido "Poema de sete faces", do qual transcreve-se a primeira estrofe:

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


A palavra gauche (lê-se gôx), de origem francesa, corresponde a "esquerdo" em nosso idioma. Em sentido figurado, o termo pode significar "acanhado", " inepto". Qualifica o ser às avessas, o "torto", aquele que está à margem da realidade circundante e que com ela não consegue se comunicar. É assim que o poeta se vê. Logicamente, nesta condição, estabelece-se um conflito: "eu " do poeta X realidade. Na superação desse conflito, entra a poesia, um veículo possível de comunicação entre a realidade interior do poeta e a realidade exterior.

Variantes da palavra gauche - como esquerdo, torto, canhestro - aparecem por toda a obra de Drummond, revelando sempre a oposição eu-lírico X realidade externa, que se resolverá de diferentes maneiras.

Muitos poemas de Drummond funcionam como denúncia da opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra. A temática social, resultante de uma visão dolorosa e penetrante da realidade, predomina em Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945), obras que não fogem a uma tendência observável em todo o mundo, na época: a literatura comprometida com a denúncia da ascensão do nazi-fascismo.

A consciência do tenso momento histórico produz a indagação filosófica sobre o sentido da vida, pergunta para a qual o poeta só encontra uma resposta pessimista.

O passado ressurge muitas vezes na poesia de Drummond e sempre como antítese para uma realidade presente. A terra natal - ltabira - transforma-se então no símbolo da atmosfera cultural e afetiva vivida pelo poeta. Nos primeiros livros, a ironia predominava na observação desse passado; mais tarde, o que vale são as impressões gravadas na memória. Transformar essas impressões em poemas significa reinterpretar o passado com novos olhos. O tom agora é afetuoso, não mais irônico.

Da análise de sua experiência individual, da convivência com outros homens e do momento histórico, resulta a constatação de que o ser humano luta sempre para sair do isolamento, da solidão. Neste contexto questiona-se a existência de Deus.

Nos primeiros livros de Drummond, o amor merece tratamento irônico. Mais tarde, o poeta procura capturar a essência desse sentimento e só encontra - como Camões e outros - as contradições, que se revelam no antagonismo entre o definitivo e o passageiro, o prazer e a dor. No entanto, essas contradições não destituem o amor de sua condição de sentimento maior. A ausência do amor é a negação da própria vida. O amor-desejo, paixão, vai aparecer com mais freqüência nos últimos livros.

Depois da morte de Drummond, reuniu-se no livro O amor natural uma série de poemas eróticos mantidos em sigilo e que foram associados a um suposto caso extraconjugal mantido pelo poeta. Verdadeiro ou não o caso, interessa é que se trata de poemas bem audaciosos, em que se explora o aspecto físico do amor. Alguns verão pornografia nestes poemas; outros, o erotismo transformado em linguagem da melhor qualidade poética.

Metalinguagem: a reflexão sobre o ato de escrever fez parte das preocupações do poeta.

O tempo é um dos aspectos que concede unidade à poesia de Drummond: o tempo passado, o presente e o futuro como tema.

Toda a trajetória do poeta - qualquer que seja o assunto tratado - marca-se por uma tentativa de conhecer-se a si mesmo e aos outros homens, através da volta ao passado, da adesão ao presente e da projeção num futuro possível.

O passado renasce nas reminiscências da infância, da adolescência e da terra natal. A adesão ao presente concretiza-se quando o poeta se compromete com a sua realidade histórica (poesia social). O tempo futuro aparece na expectativa de um mundo melhor, resultante da cooperação entre todos os homens".
***

A Palavra Mágica

Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.

Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.

Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.


Carlos Drummond de Andrade,
in 'Discurso da Primavera'


Tema(s): Palavra

***

"NÃO DEIXE O AMOR PASSAR!

- Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.


"Carlos Drummond de Andrade"
***

"CASA ARRUMADA"

Casa arrumada é assim:
- Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
- Aqui tem vida... Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos... E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias... Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela... E reconhecer nela o seu lugar.


"Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)"

Trechos da biografia poemas e prosa
retirados dos sites:

http://www.culturabrasil.org/cda.htm
e
http://www.citador.pt/index.php

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31 de Outubro será sempre o 'DIA D' o dia em que nasceu o poeta carismático e multifacetado - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE e considerado desde há muito, o maior poeta brasileiro. Por essa razão nada mais justo que prestar essa homenagem a quem tudo deu de si em prol da cultura e da intelectualidade.

Drummond é um Poeta de grande carisma que com sua tristeza e pessimismo, mas repleto de talento, inspiração e uma inteligência acima da média ficou sempre no coração de todos e é imortalizado com toda a admiração prestada pelo MUNDO.

Os Parabéns são para o poeta, mas são também para todos nós que temos o privilégio de privar com a OBRA - poesia e prosa - desse grande ser humano sempre preocupado com os males de mundo.


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Anna D'Castro

quinta-feira, 7 de julho de 2011

JOSÉ SARAMAGO E... A DEMOCRACIA!


"TUDO SE DISCUTE... TODOS OS ASSUNTOS PODEM SER DISCUTÍVEIS... MAS A DEMOCRACIA NÃO SE DISCUTE!" - José Saramago

"As pessoas sabem que os problemas do mundo existem, estão aí, todos os dias, e o que se faz para resolvê-los?" José Saramago.

ESTAS SÃO ALGUMAS DAS PALAVRAS DE JOSÉ SARAMAGO QUE TODOS NÓS DEVERIAMOS OUVIR... REFLETIR E PENSAR O QUE NA REALIDADE É A VERDADEIRA DEMOCRACIA =


Convido todos os amigos frequentadores deste blog para ver O vídeo e escutar as sábias palavras dum GÊNIO, que...


na pág. de VÍDEOS deste blog

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Anna D'Castro

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

OPÇÃO

Scraps


...INTELIGENTE PARA REFLETIR...

Um jovem descrente, desejando testar o conhecimento de um sábio, ergueu o punho fechado na frente do homem venerado.

"- O que tenho em minha mão?" - perguntou o jovem, com arrogância.

"- Uma borboleta"! - foi a resposta do sábio ancião.

"- E ela está viva ou morta?" - inquiriu de novo o rapaz.

O ancião sabia que o jovem estava brincando com ele... ou melhor dizendo: estava testando-o. Se respondesse que estava morta, o jovem abriria a mão e deixaria a borboleta voar. Se respondesse que estava viva, o rapaz fecharia a mão e esmagaria a criatura. Então respondeu na sua modesta sabedoria:

"- Está em suas mãos, fazer aquilo que deseja com ela."

***

"Para quem acredita, não há perguntas."

"Para o céptico não há respostas."

"Quanto menos se sabe, mais fácil é se convencer que se sabe tudo."

***

"Se você pensar que pode, ou que não pode – estará certo."

"Quando todos os elementos estão fora do seu controle, lembre-se de que ainda pode controlar a sua reação."

***

"O dinheiro é fogo. Pode destruir e aniquilar ou iluminar e aquecer, dependendo da maneira pela qual é usado.”


Reflexões escritas por: Rabi Elimelech de Lizensk

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Transcrição para Palavras Semente
destas Palavras... Somente para Refletir!!!

Anna D'Castro

segunda-feira, 25 de abril de 2011

GRANDOLA VILA MORENA - DE SARAMAGO

25 de ABRIL de 1974 - 25 de ABRIL de 2011 - 37 anos depois...



Em 25 de Abril de 1974 - a canção 'GRÂNDOLA VILA MORENA' foi um marco - a Ponte - entre o Povo e os Militares que organizaram e implantaram a Revolução do 25 de Abril (chamada dos Cravos porque não houve derramamento de sangue e nos canos das metralhadoras foram colocados cravos que o Povo ofereceu a cada militar como símbolo de paz e gratidão) que destronou a 'Triste Ditadura Fascista de Salazar/Caetano' a qual tanto danificou a vida e as mentes de várias gerações de portugueses.

José Saramago foi sempre o grande defensor da democracia em Portugal, LUTOU COM AS SUAS 'ARMAS' - a sua escrita - nas suas manifestações contra o Fascismo...

MOMENTOS INESQUECÍVEIS: -

Este vídeo mostra José Saramago cantando, em raros momentos de 'Felicidade Pública', na companhia da esposa Pilar Del Rio, Luis Pastor, Fernando Tordo e tantos outros artistas que comemoravam a queda da ditadura e a restauração da Democracia...

***********

Uma justa homenagem está sendo ultimada num documentário sobre Saramago... a sua vida, a sua obra, os seus prêmios, principalmente o OSCAR DA LITERATURA e as sua convicções políticas e... muito mais.

É sempre bom recordar momentos mais que especiais na vida de todos nós que sofremos o 'jugo cruel da ditadura' durante quase 60 (sessenta) anos.

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Anna D'Castro

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domingo, 27 de março de 2011

UMA HISTÓRIA DE CARNAVAL - UM CONTO DE ESPERANÇA


ENCONTRO COM A ESPERANÇA NUMA SEXTA-FEIRA ‘GORDA’

O dia acorda nublado, escondendo o Cristo, que nos dias de sol ele enxerga do alto da sua pequena, mas acolhedora cobertura, numa das ruas de Copa. O mesmo Cristo que o acompanha por entre plantas e papéis, tentando escrever o seu romance e terminar a letra para uma marchinha de carnaval, nessa sexta-feira gorda que está apenas começando, mas fazendo já adivinhar a chuva que se avizinha...

É o primeiro carnaval que passa sozinho e está odiando...

Após dezessete anos de casado, está sem a companhia daquela que ele pensara ser o seu amor eterno.
..........
.........
..........
- Oba, oba, oba! ‘Tou feliz mesmo! – ele fez nova cara cômica. – realmente estou-me sentindo como um moleque! Quem diria que esta manhã estava odiando o carnaval? Vc me trouxe uma alma nova e a esperança que o novo amanhã existe. Agora é a minha vez de lhe agradecer por este momento, em que me devolveu, na sexta-feira gorda, a esperança de poder voltar a sonhar... Espero que vc não se arrependa nunca, por este dia e por muitos que possam vir ainda nas nossas vidas.


Nota da autora:

- Fica ao critério imaginativo de cada leitor
a continuidade desta história:
- Se tranformará em Amor...
- Será apenas uma bela Amizade...
- ou simplesmente:
...Um breve Encontro de Carnaval? Que termina na 4ªfeira de cinzas?...

Eu pessoalmente, torço para que se tenha transformado numa linda HISTÓRIA de AMOR, onde (cada vez mais raro, mas não impossível) os protagonistas sejam "FELIZES PARA SEMPRE"...
....
AMIGO LEITOR:
Convido-o a ler este conto completo na Pág. CONTOS deste blog

depois gostaria que deixasse aqui um comentário com a sua visão
sobre o que poderá ter acontecido com os protagonistas desta História -

Beijo




Grata pelo carinho

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Anna D’Castro
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sábado, 26 de fevereiro de 2011

À LAIA DE ROMANCE...


A ARTE DE SEMEAR E SONHAR COM AMOR E ARTE

A Arte de Semear Palavras com Arte é como um desnudo de frases psico-elaboradas e um encontro em cada canto com um certo encanto que seduz...

Um sorriso perfumado, um olhar inspirado, atraente, andante, pensante, contraditório com a melancólica miopia ao seu redor...

Mas eis senão quando e sem querer, se tropeça em um outro olhar coberto de orvalho verde... verdinho, límpido e cristalino... que surge carregando saltitantes palavras pequenas, que logo se transformam em puros dilemas pensantes e com astúcia de mestre arquiteto-pensador logo as dispõe com Arte, em projetos falantes, arquitetando poemas inconvencionais, palestras sensoriais e sensacionais...

Ah, que delícia olhar ao redor e ver olhares atentos e ouvidos sedentos de poder escutar belas palavras-imagens bailando com Arte, nos lábios do poeta... do orador... do ator...

Na dura estrada da vida somos um misto de palhaços-poetas-pensantes e sonhadores, às vezes delirantes e duvidosos, mas com Arte ainda acreditamos na força das pequenas palavras... dos pequenos gestos... das graciosas gentilezas... das pequenas grandes coisas... porque a magia, normalmente acontece em curtas viagens... em breves miragens de oásis perfumados.

E o amor?... Como é que fica o AMOR numa hora destas?

Ah o Amor... ele está 'acolá' naquela esquina, de olhar nunca percebido... Por detrás da porta de vidro duma loja de grifes masculinas, misturado com tantos apetites vorazes, ou com olhares mordazes interceptando a ação de conquista...

Mas não é só aí que está o Amor!

Em todo o lugar que tem Arte, tem Amor, porque se não incrementarmos uns pozinhos de Amor com Arte... a Arte não se comunica, nem se desenvolve.

A minha insensatez, mista vontade secreta, seria dizer que sempre amei a Arte... que ela é a minha verdadeira 'Alma Gêmea'... aquela alma por quem se espera a vida toda... hummm!... mas para além da insensatez-vontade existe um mal bem maior que acovarda qualquer um e se chama: TIMIDEZ!... A eterna desculpa para uma porção de coisas não realizadas... e é atrás desse véu de incompetência que nos escondemos para não enfrentar rejeições...

Mas pôr Amor e Arte em tudo o que realizamos na verdadeira dosagem é um mérito a ser compartilhado por milhares de seres pensantes que habitam a minúscula nave espacial, que é o planeta Terra no infinito cosmo, que Deus elaborou tão meticulosamente e deu de presente à humanidade, onde a maioria ainda não deu conta que está inserida como um ínfimo pontinho.

Se apenas metade de nós cumprisse a sua parte com Arte e com Amor, o mundo mudaria seus prismas e a felicidade seria mais abrangente em cada dia.

Sonhar com a Arte no desenvolvimento ideal, é um desejo real, que faz parte do virtual universo contemporâneo... é uma parte da paisagem cósmica dos sentidos...

Nas entrelinhas da Arte nas palavras, existe além do real e do virtual, o surreal: - Alimento da alma dos poetas... que se nirvaneam com as quietudes perpétuas das embriagadoras palavras pequenas... palavras apenas ou as penas das pequenas palavras, que depois de semeadas com Arte alimentam e destilam sabedoria por todos os poros dos sonhadores...

Mas como diz a sabedoria popular – “Nunca desista dos seus sonhos, pois sonhar faz parte da vida, porque não só de PÃO VIVE O HOMEM” e voe alto, nos seus sonhos... bem alto e com Arte, para que Deus na sua infinita sabedoria os transforme em firmes realizações terrenas... de Amor!

By@
Anna D’Castro
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José Saramago - O Nóbel da Literatura Portuguesa

"PALAVRAS PEQUENAS... PALAVRAS APENAS..."

Ando por aí querendo te encontrar... Em cada esquina paro em cada olhar... Deixo a tristeza... Trago a esperança em seu lugar... Que o nosso amor para sempre VIVA... Minha dádiva quero poder jurar... Que essa paixão jamais será... Palavras Apenas... Palavras Pequenas... Palavras de Momento... Palavras ao Vento!... "Cassia Eller"

AGRADEÇO A SUA VISITA À *SEMENTEIRA DE PALAVRAS*...


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...VOLTE SEMPRE... DE CORAÇÃO!