AS PALAVRAS COLABORAM COM A VELA DA PAZ - 2013

AS PALAVRAS COLABORAM COM A VELA DA PAZ - 2013
TRAZIDA DA ILHA DA SEREIA - LINDALVA

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

ESPELHO


ESPELHO


Olho-me no espelho no final do corredor, querendo saber quem sou... uma pergunta concreta para uma procura abstrata para me encontrar em uma certa noite sem estrelas e onde a lua perdeu o luar...

Dispo-me de preconceitos e vulgares ambições e me perco nas entrelinhas dos caminhos... solto um grito lancinante que se perde nas encruzilhadas para chegar ao infinito... sou uma voz que se cala sem respostas para todas as perguntas... uma boca que engole silêncios...

Sou um olhar num rosto vazio... uma madrugada fria esperando o sol... um barco naufragado num mar de ondas encrespadas... Sou a Dama da Noite... flor noturna que murcha no final das madrugadas.

Sou uma gazela esperando o caçador com o medo estampado no olhar, quando meu corpo cansado se arrasta em labirintos sombrios procurando a saída dos sonhos vazios numa noite sem luar...

Sou feita de esperas, mágoas e saudades... meu fado é triste e magoado... com um passado sem tréguas... perdido nas recordações da vida que ficou nas brumas do tempo descolorido... uma ausência de chegadas e partidas... um rosto marejado de lágrimas amargas.
                                             
O mundo não é perfeito... todo o mundo tem o seu fado triste e magoado... nem todos são perfeitos... cheirosos... bonitos... ricos e felizes, mas tem dias que sinto ao meu redor o aroma de rosas e avelãs... tem dias que sinto na boca o sabor do mel de doces manhãs... tem dias que me olho no espelho do final do corredor e me sinto a obra prima dum artista sonhador... com um final feliz dum belo romance de amor.



By@
Anna D’Castro 

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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

SAUDADES



A saudade é uma aquarela
De cores irisantes...
Que pinta amarela
A cor da minha janela.

Saudade é uma ausência de silêncio... a lembrança do que ficou para trás.

A Saudade que dói e machuca... queima o pensamento e trás recordações de um passado magoado... Duma vida que se quer esquecer... de momentos que ficaram debaixo dos contornos das sombras do tempo e que ficou travado no peito... e das horas que teimam em passar...

A saudade que me habita se aninha em meu coração, a voz fica presa na garganta e há um desencanto que se quebra dentro de mim.

Passa o tempo... remenda-se o pensamento, mas a tristeza é uma imagem vazia refletida num espelho quebrado... que vai gritando ao vento, o eterno lamento das minhas eternas lembranças... as negras mágoas que pairam nas noites sofridas com sonhos e pesadelos e os fantasmas dum passado remoto que inundam as paredes de vidro do meu quarto... nuas... vazias... escuras e silenciosas... os olhos esvaziam-se de tudo... a ausência de sentimentos martiriza a solidão... 

Quantos lugares de sonho, hoje vazios... que ficaram para trás. Quantas pedras arremessadas que feriram e ferem minha alma... quantas lágrimas de sangue escritas no silêncio das noites insones... quanta saudade me anoitece e quanta revolta vai crescendo dentro de mim...

Ter de partir e deixar o que se ama por injustas acusações é um duro fardo que se carrega sem compreender o porquê da injustiça dos homens... o porquê das pedras do caminho... o porquê dos segredos guardados nas lágrimas amargas... o porquê dos medos nas noites de tempestade... o porquê do pânico dos raios que se rasgam no firmamento da minha angústia... quando minha voz se cala e meu corpo estremece agonizante...

Ah, como me dói o passado... a vida... a solidão dos dias sombrios... as mágoas que vão envelhecendo dentro de mim e escorrendo nas lágrimas que sangram e se transformam  em rugas sem futuro... sem viço e sem esperança... 

A saudade é uma luta incansável contra a partida... um barco á deriva num destino incerto... uma lacuna em céu aberto... uma doce lembrança da felicidade que um dia foi sonho que se idealizou... mas que algum dia sequer se concretizou.

By@
Anna D’Castro


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José Saramago - O Nóbel da Literatura Portuguesa

"PALAVRAS PEQUENAS... PALAVRAS APENAS..."

Ando por aí querendo te encontrar... Em cada esquina paro em cada olhar... Deixo a tristeza... Trago a esperança em seu lugar... Que o nosso amor para sempre VIVA... Minha dádiva quero poder jurar... Que essa paixão jamais será... Palavras Apenas... Palavras Pequenas... Palavras de Momento... Palavras ao Vento!... "Cassia Eller"

AGRADEÇO A SUA VISITA À *SEMENTEIRA DE PALAVRAS*...


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...VOLTE SEMPRE... DE CORAÇÃO!