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sábado, 10 de dezembro de 2011
BIOGRAFIA DE CLARICE LISPECTOR
Clarice Lispector, de seu nome de nascimento Haia Pinkhasovna Lispector - Nasceu na cidade de Tchetchelnik - Ucrânia, a 10 de dezembro de 1920 — Faleceu no Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977, aos 57anos menos 1 dia.
Foi uma extraordinária escritora e jornalista, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira.
Se comemora hoje 10/12/2011 - 91 anos da data do seu nascimento
passou ontem:dia 09/12/2011 - 34 anos do aniversário da sua morte
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De origem judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector.
Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia por conta da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921.
Chegou ao Brasil quando tinha dois meses de idade e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia:
- "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que a sua verdadeira pátria era o Brasil.
A família chegou a Maceió - Alagoas, em março de 1922, sendo recebida por seus tios maternos: Zaina, irmã de Mania e seu marido e primo José Rabin.
Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã.
O pai Pinkouss, passou a se chamar Pedro;
a mãe Mania - Marieta;
sua irmã Leia - Elisa;
e por fim, ela Haia - Clarice.
Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.
Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua família, Pedro decide mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste.
Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista.
Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.
Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930 (Clarice tinha 9 anos e meio), após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia.
Clarice sofreu muito com a morte da mãe e muitos dos seus textos refletem a culpa que a autora sentia e nas figuras de milagres que salvariam sua mãe.
Quando tinha 15 anos o pai decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro.
A irmã Elisa conseguiu um emprego no ministério, por intervenção do então ministro Agamemnon Magalhães, enquanto seu pai teve dificuldades em achar uma oportunidade na capital.
Clarice estudou em uma escola primária na Tijuca, até ir para o curso preparatório e para a Faculdade de Direito.
Foi aceite para a Escola de Direito na então Universidade do Brasil em 1939. Viu-se frustrada com muitas das teorias ensinadas no curso e descobriu um escape: - a literatura.
Em 25 de maio de 1940, com apenas 19 anos, publicou seu primeiro conto "Triunfo"na Revista Pan.
Três depois desta publicação e após uma cirurgia simples, para a retirada da vesícula biliar, seu pai Pedro, morre de complicações do procedimento.
As filhas ficam arrasadas com as circunstâncias da morte tão inesperada e como consequência, Clarice se afasta da religião judaica.
No mesmo ano, Clarice chama a atenção (provavelmente com o conto "Eu e Jimmy") de Lourival Fontes, então chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda (órgão responsável pela censura no Estado Novo de Getúlio Vargas)e é alocada para trabalhar na Agência Nacional, responsável por distribuir notícias aos jornais e emissoras de rádio da época. Lá conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou (não correspondido, já que Lúcio era homossexual) e de quem se tornou amiga íntima.
Em 1943, no mesmo ano de sua formatura, casou-se com o colega de turma Maury Gurgel Valente futuro pai de seus dois filhos.
Maury foi aprovado no concurso de admissão na carreira diplomática e passou a fazer parte do quadro do Ministério das Relações Exteriores.
Na sua primeira viagem como esposa de diplomata, Clarice morou na Itália onde serviu durante a Segunda Guerra Mundial, como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira.
Também morou em países como Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, países para onde Maury foi escalado. Apesar disso, sempre falou em suas cartas a amigos e irmãs como sentia falta do Brasil.
Em 10 de agosto de 1948, nasce o primeiro filho - Pedro - em Berna na Suiça.
Quando criança Pedro se destacava por sua facilidade de aprendizado, porém na adolescência sua falta de atenção e agitação foram diagnosticados como esquizofrenia. Clarice se sentia de certa forma culpada pela doença do filho, e teve dificuldades para lidar com a situação.
Em 10 de fevereiro de 1953, nasce Paulo, o segundo filho de Clarice e Maury, em Washington D.C., nos Estados Unidos.
Em 1959 Clarice, se separou do marido, que ficou na Europa e voltou permanentemente ao Rio de Janeiro com os dois filhos, morando no Leme.
No mesmo ano assina a coluna "Correio feminino - Feira de Utilidades", no jornal carioca Correio da Manhã, sob o pseudônimo de Helen Palmer.
No ano seguinte, assume a coluna "Só para mulheres", do Diário da Noite, como ghost-writer da atriz Ilka Soares.
Provoca um incêndio ao dormir com um cigarro acesso em 14 de setembro de 1966, seu quarto fica destruído e a escritora é hospitalizada entre a vida e a morte por três dias. Sua mão direita é quase amputada devido aos ferimentos, e depois de passado o risco de morte, ainda fica hospitalizada por dois meses.
Em 1975 foi convidada a participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, em Cali na Colômbia. Fez uma pequena apresentação na conferência e falou do seu conto "O ovo e a Galinha", que depois de traduzido para o espanhol fez sucesso entre os participantes.
Ao voltar ao Brasil, a viagem de Clarice ganhou ares mitológicos, com jornalistas descrevendo (falsas) aparições da autora vestida de preto e coberta de amuletos. Porém, a imagem se formou, dando a Clarice o título de "a grande bruxa da literatura brasileira".
Seu próprio amigo Otto Lara Resende disse sobre a obra de Lispector: "não se trata de literatura, mas de bruxaria."
Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação de um dos seus mais famosos romances: "A Hora da Estrela", com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela.
CLARICE LISPECTOR faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário.
Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro. Até a manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice ainda ditava frases para a amiga Olga Borelli.
Durante toda sua vida Clarice teve diversos amigos de destaque como Fernando Sabino, Lúcio Cardoso, Rubem Braga, San Tiago Dantas e Samuel Wainer, entre diversos outros literários e personalidades.
*CLARICE LISPECTOR escreveu:
ROMANCES:
- Perto do Coração Selvagem (1944)
- O Lustre (1946)
- A Cidade Sitiada (1949)
- A Maçã no Escuro (1961)
- A Paixão segundo G.H. (1964)
- Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969)
- Água Viva (1973)
- A Hora da Estrela (1977)
- Um Sopro de Vida (pulsações) (1978)
CONTOS:
- Alguns Contos (1952)
- Laços de Família (1960)
- A Legião Estrangeira (1964)
- Felicidade Clandestina (1971)
- A Imitação da Rosa (1973)
- A Via Crucis do Corpo (1974)
- Onde Estivestes de Noite (1974)
CRÔNICAS:
- Visão do Esplendor (1975)
- Para não Esquecer (1978)
ENTREVISTAS:
- De Corpo Inteiro (1975)
LITERATURA INFANTIL:
- O Mistério do Coelho Pensante (1967)
- A Mulher que Matou os Peixes (1968)
- A Vida Íntima de Laura (1974)
- Quase de Verdade (1978)
Várias Frases, POEMAS e Pensamentos de CLARICE LISPECTOR
OBRAS PÓSTUMAS:
Coletâneas de contos, crônicas ou entrevistas organizadas e publicadas postumamente:
A Bela e a Fera (1979) – reunião de contos inéditos escritos em épocas diferentes
A Descoberta do Mundo (1984) – seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973
Como Nasceram as Estrelas (1987) – contos infantis
Cartas Perto do Coração (2001) – cartas trocadas com Fernando Sabino
Correspondências (2002)
Aprendendo a Viver (2004) – seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973
Outros Escritos (2005) – reunião de textos de natureza diversa
Correio Feminino (2006) – reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960
Entrevistas (2007) – seleção de entrevistas realizadas nas décadas de 1960 e 1970
Minhas Queridas (2007) – correspondências
Só para Mulheres (2008) – reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960
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Nota: Dados Biográficos retirados da Wikipédia
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Um trecho de "ÁGUA VIVA"
Que música belíssima ouço no profundo de mim. É feita de traços geométricos se entrecruzando no ar. É música de câmara. Música de câmara é sem melodia. É modo de expressar o silêncio.
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POEMA "O SONHO"
Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.
Clarice Lispector
*Deixo aqui a minha admiração por tão espetacular escritora, que viveu e morreu em função da literatura, fazendo bem qualquer modalidade que se encarregava de escrever*
By@
Anna D'Castro
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"PALAVRAS PEQUENAS... PALAVRAS APENAS..."
Ando por aí querendo te encontrar...
Em cada esquina paro em cada olhar...
Deixo a tristeza...
Trago a esperança em seu lugar...
Que o nosso amor para sempre VIVA...
Minha dádiva quero poder jurar...
Que essa paixão jamais será...
Palavras Apenas...
Palavras Pequenas...
Palavras de Momento...
Palavras ao Vento!...
"Cassia Eller"
Um comentário:
Adorei a sua dedicação a esta escritora. Parabéns pelo bom gosto. beijos
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